ORIENTAÇÕES: Leia o texto e confira as informações nos links. Depois copie o título dos assuntos que foram tratados e faça no caderno as atividades.
TERRA E UNIVERSO
Terra plana ou esférica?
Quando questionada sobre a forma do nosso planeta, uma pessoa qualquer dirá hoje, provavelmente, que é uma esfera. Nos livros de história apresenta-se a visão de que nem sempre foi tão simples responder a esta pergunta sem provocar controvérsia. Houve em várias épocas um convencimento, pelo menos por vários autores, que a Terra tinha formato plano (figura 1).
Podemos afirmar que, para os sentidos humanos, ao observarmos um horizonte plano, que a Terra parece efetivamente plana. Porém, é muito claro que, contrariamente à visão popular, a forma esférica da Terra era conhecida pelo menos desde os gregos 300 anos antes da Era Cristã. Um dos mais famosos nomes da astronomia grega, Eratóstenes de Alexandria, conseguiu medir o raio da Terra com precisão muito grande observando simplesmente a sombra de uma vara vertical (denominada de gnômon) no mesmo dia do ano (21 de junho) em Alexandria e em Syene, distante uns 800 quilômetros ao sul seguindo o curso do rio Nilo. Nesse dia, não existia em Syene sombra nenhuma ao meio-dia, porque o Sol batia na vertical, mas no mesmo dia do ano seguinte ele próprio conferiu que havia uma curta sombra em Alexandria, coisa que julgou ser impossível numa Terra Plana.
Veja a explicação:
Com os avanços tecnológicos do século 20 houve a possibilidade de conferir diretamente a forma da Terra, com medidas precisas das suas dimensões e do achatamento dos polos em imagens de satélites e das missões Apollo (figura 2).
Para quem precisa de provas veja o vídeo:
“Para cima” ou “para baixo”?
Aceitando como prova da esfericidade da Terra a soma das evidências acumuladas ao longo dos séculos, insto nos leva a uma outra questão interessante: como determinamos “para cima” e “para baixo”?
Cada um de nós, atraído pela força de gravidade da Terra, fica em pé verticalmente em relação ao solo. Isto quer dizer que outras pessoas em outros lugares do planeta também o fazem, já que a força de atração gravitacional é a mesma em qualquer ponto da superfície.
Veja no vídeo
Nos mapas, o Norte é representado sempre “para cima” e o Sul “para baixo” (como mostra a figura 3). Porém, se, de repente, fosse decidido mudar esta convenção histórica, não haveria problema algum. Esta representação está onipresente porque nossa própria herança científica procede do Norte, isto é, da Grécia, do império romano e da Europa Ocidental. Mas o que teria acontecido se a história tivesse permitido às grandes civilizações indígenas da América do Sul, por exemplo, os Incas, terem evoluído e desenvolvido viagens intercontinentais e mapas? Muito provavelmente nossos mapas seriam representados como os da (figura 4).
Em suma, estamos tão acostumados às convenções dos pontos cardeais, direções e outras que temos uma tendência em pensar que se tratam de coisas imutáveis, quando na verdade, a maioria delas são somente isso, convenções sem significado fundamental e apenas classificatórias.
Texto retirado de: O ABCD da Astronomia e Astrofísica. Horvath, J. E., Editora Livraria da Física, São Paulo 2008, pág.21-27.
Atividades:
Como Eratóstenes mediu a circunferência da Terra.
1. Se a Terra fosse plana, o que Eratóstenes teria observado em relação às sombras produzidas pelas varetas no mesmo dia do ano nas duas cidades (Alexandria e Syene)?
2. Por que, de acordo com o texto, o norte é representado para cima e o sul para baixo nos mapas?
3. De que modo é possível atualmente conferir diretamente a esfericidade da Terra?
4. Você pode realizar também o experimento que Carl Sagan fez no vídeo: EXIBIDO NO INÍCIO DA POSTAGEM. Para isso, você poderá utilizar: cartolina, cola, varetas ou algo similar e uma fonte de luz.
Boa semana e bons estudos!
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